Rígidas e cruéis são as manhãs cinzentas, e esplêndido o frio que lá fora enfrentas. Ah, doentios são meus olhos que gritam em vão: "Perdoa-me; não espero que compreendas essa minha ríspida necessidade de segurar-lhe a mão!"
Observava-te abolir o uso da palavra
E acompanhar com o olhar as gotas do céu que chorava.
Repentinamente disseste, cochichando:
"Temos música para anestesiar nosso último dia"
Morríamos aos poucos como se não houvesse ninguém olhando
Digo-te, querido amigo: Provavelmente não havia.
Que poema bonito, doce e triste. Quanta beleza ao escrever!
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